sábado, 18 de abril de 2009

Palavras de desabafo...

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Nesta semana em uma de minhas aulas de "Teoria do Discurso", tive um momento especial. Nunca duvidei da capacidade dos futuros professores que emergirão desta sala, mas, confessor, que tenho sido surpreendido por eles.

Obviamente, como amante de Algirdas Julius Greimas, não poderia me esquivar da utilização de suas contribuições para a compreensão do texto: o que ele “diz”, por que ele “diz” e como faz para dizer o que “diz”.


Após as aulas introdutórias para a compreensão da “Teoria Semiótica do Texto”, decidi, por meio de artigos diversos, evidenciar para os alunos até onde a Semiótica pode ir.

Até onde a Semiótica pode ir?


Cada aluno deveria compreender e apresentar em uma roda informal, que chamei de “roda de conversas semióticas”, o que compreendera de seu artigo, o que mais lhe chamou a atenção e se foi possível perceber até onde a Semiótica pode ir.

Vários foram os artigos trabalhados e vários foram os objetos desses artigos. Desde o discurso político, o texto musical, a fábula, a propaganda até o “Chat” foram assunto da nossa roda de conversas semióticas.


Surpreendeu-me o quanto que os alunos, autonomamente, foram capazes de aprender. Eu apenas os incentivara algumas aulas antes e, durante a roda de conversas semióticas, fiz mais um papel de mediador.


Eles, certamente, têm a chave.

"Autoestima"

Tenho pensado muito em “autoestima”.


Em psicologia, autoestima inclui a avaliação subjetiva que uma pessoa faz de si mesma como sendo intrinsecamente positiva ou negativa em algum grau (Sedikides & Gregg, 2003). A autoestima envolve tanto crenças autossignificantes (por exemplo, "Eu sou competente/incompetente", "Eu sou benquisto/malquisto") e emoções auto-significantes associadas (por exemplo, triunfo/desespero, orgulho/vergonha). Também encontra expressão no comportamento (por exemplo, assertividade/temeridade, confiança/cautela). Em acréscimo, a autoestima pode ser construída como uma característica permanente de personalidade (traço de autoestima) ou como uma condição psicológica temporária (estado de autoestima). Finalmente, a autoestima pode ser específica de uma dimensão particular (por exemplo, "Acredito que sou um bom escritor e estou muito orgulhoso disso") ou de extensão global (por exemplo, "Acredito que sou uma boa pessoa, e sinto-me orgulhoso quanto a mim no geral").



Em suma, autoestima possui uma estreita relação com a capacidade que eu tenho de me sentir “completo”. Quanto mais completo eu me sinto, menos o que os outros pensam de mim me afeta. Quanto mais a minha auto-estima estiver em baixa, mais eu precisarei de nutrientes exteriores e mais o que os outros pensam de mim me afetará.
Penso que a maioria dos nossos problemas são criados por uma auto-imagem negativa e isso é muito triste.


É preciso estar completo; é preciso amar-se; é preciso ter certeza de quem somos e de quem queremos ser. Não se pode viver com medo das vozes alheias, pois essas sempre existirão.

Trouxeste a chave?

"Certas palavras dão simplesmente um salto para trás e não voltam mais; outras atrasam-se, viram-se e tornam-se a virar dezenas de vezes, até sentirmos que uma delas encontrou o seu lugar..." (MAIAKÓVSKY, 1984:44)

As palavras têm o seu lugar, mas e nós?

Este é um espaço para fazer-ler; fazer-pensar, fazer-sentir, fazer-ser, mas cuidado! É preciso trazer a chave.

É preciso estar aberto para transformar-se. Depois que permitirmos que a força das palavras seja aberta, certamente, nunca mais seremos os mesmos.